Escute a voz do amor e agirá pela caridade que liberta
Escute a voz do amor e agirá pela caridade que
liberta
Esta reflexão tem origem no texto “Amor e Caridade”, do Espírito Joanna
de Ângelis, na psicografia de Divaldo Franco, que diz:
“Diante da impiedade e da delinquência, pergunta ao amor o que deves
fazer; ele te induzirá à ação da caridade. Sob injunções ingratas e dores que
acreditas não merecer, propõe ao amor como te deves conduzir; ouvirás a sua
palavra incentivando-te à caridade da paciência. Sofrendo incompreensão e
dificuldade nas lutas rudes que te maceram interiormente, inquire ao amor qual
a solução; sentirás o impulso da caridade iluminar-te os sentimentos.
Perseguido ou malquerido, sob açoites externos ou crucificado em traves
invisíveis, ausculta o amor e produze na caridade.
O amor abrir-te-á sempre as portas da paz, enquanto a caridade
levar-te-á pelas mãos ao termo da batalha redentora”.
Do ensinamento do Espírito Joanna de Ângelis, no uso do livre-arbítrio,
em todos os momentos, pergunte ao amor o que fazer e agirá pela caridade que
liberta, pois descobrirá o seu poder diante das aflições, das angústias, dos
sofrimentos e do desânimo.
“Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor” (João 4: 8).
Léon Denis, em “O problema do ser, do destino e da dor”, esclarece que “o
amor reveste formas infinitas, desde as mais vulgares até as mais sublimes.
Princípio da vida universal, proporciona à alma, em suas manifestações mais
elevadas e puras, a intensidade de radiação que aquece e vivifica tudo em volta
de si; é por ele que ela se sente estreitamente ligada ao Poder divino, foco
ardente de toda a vida, de todo o amor. (...) Acima de tudo, Deus é amor. Por
amor, criou os seres para associá-los às suas alegrias, à sua obra”.
Assim, o amor é fonte inesgotável de energia que irradia a luz divina
penetrando, transformando, renovando, iluminando e acalentando todos os seres
do Universo.
É luz fraterna universal, pois Deus age em nossas vidas pelo amor, sendo
a alavanca divina que impulsiona a evolução moral e espiritual.
Pela força do amor eterno, a cada degrau, a alma galgará um patamar de
estágio evolutivo que a fará melhor compreender a vida celestial, que é toda
amor, e a partir deste despertar participará efetivamente da cocriação divina.
Nesse sentido, o Espírito Joanna de Ângelis, na psicografia de Divaldo
Pereira Franco, no livro “Amor, imbatível amor”, em “Amor”, destacou que: “o
amor é a substância criadora e mantenedora do Universo, constituído por
essência divina. É um tesouro que, quanto mais se divide, mais se multiplica, e
se enriquece à medida que se reparte. Mais se agiganta, na razão que mais se
doa. Fixa-se com mais poder, quanto mais se irradia. Nunca perece, porque não
se entibia nem se enfraquece, desde que sua força reside no ato mesmo de
doar-se, de tornar-se vida.
Kardec, em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, no Capítulo XV,
relacionando amor e caridade, disse que para que “não haja equívoco sobre a
interpretação do amor de Deus e do próximo, acrescenta: ‘e aqui está o segundo
mandamento que é semelhante ao primeiro’, isto é, que não se pode
verdadeiramente amar a Deus sem amar o próximo, nem amar o próximo sem amar a
Deus. Logo, tudo o que se faça contra o próximo o mesmo é que fazê-lo contra
Deus. Não podendo amar a Deus sem praticar a caridade para com o próximo, todos
os deveres do homem se resumem nesta máxima: fora da caridade não há salvação”.
A caridade é o amor em ação que liberta a alma, como disse Paulo de
Tarso, na 1ª Epístola aos Coríntios, 13: 1 a 7 e 13: “ainda quando eu
falasse todas as línguas dos homens e a língua dos próprios anjos, se eu não
tiver caridade, serei como o bronze que soa e um címbalo que retine; ainda
quando tivesse o dom de profecia, que penetrasse todos os mistérios, e tivesse
perfeita ciência de todas as coisas; ainda quando tivesse toda a fé possível,
até o ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou. E,
quando houvesse distribuído os meus bens para alimentar os pobres e houvesse
entregado meu corpo para ser queimado, se não tivesse caridade, tudo isso de
nada me serviria. A caridade é paciente; é branda e benfazeja; a caridade não é
invejosa; não é temerária, nem precipitada; não se enche de orgulho; não é
desdenhosa; não cuida de seus interesses; não se agasta, nem se azeda com coisa
alguma; não suspeita mal; não se rejubila com a injustiça, mas se rejubila com
a verdade; tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo sofre. Agora, estas três
virtudes: a fé, a esperança e a caridade permanecem; mas, dentre elas, a mais
excelente é a caridade”.
Logo, o verdadeiro amor possui todas as características da caridade.
Alcança o amor incondicional aquele que já superou todos os seus
defeitos.
Por tudo isso, ame muito mais, pois amar faz bem para o corpo e para a
alma.
Autor:
Juan Carlos Orozco
Bibliografia:
BÍBLIA SAGRADA.
ÂNGELIS, Joanna de (Espírito),
na psicografia de Divaldo Pereira Franco. Amor,
imbatível amor. 17ª Edição. Salvador/BA: Editora Leal, 2014.
ÂNGELIS, Joanna de (Espírito),
na psicografia de Divaldo Pereira Franco. Amor e Caridade. Disponível
em: https://gecasadocaminhosv.blogspot.com/2008/05/amor-e-caridade-joanna-de-ngelis.html. Postado,
em 23 de maio de 2008, por G.E. Casa do Caminho de S. Vicente. Acessado em: 06
de outubro de 2019.
DENIS, Léon. O problema do ser, do destino e da dor.
32ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2017.
KARDEC, Allan; tradução de
Guillon Ribeiro. O Evangelho Segundo o
Espiritismo. 1ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2019.

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